Saturday, February 23, 2008

O homem, a obra




Desalinhas?

Sei, por razões que muito devem às leis da probabilidade, o clicar oportuno do "enter" da inevitabilidade e cuja via da "rede" para aqui te encaminha, que o dobrar desta sineta, este apelo em código binário, te levará a encarar com seriedade uma ida ao desalinho.

Assim sendo, e numa data a descombinar, proponho-te ir-mos ao mar recitar panfletos DADA, transformá-los em barcos de papel e um soldadinho de chumbo em cada um, embriagar a frota com combustível, lançá-la à água, e diluidos num ímpeto de piromania, incendiá-la. Ao mesmo tempo, com ou sem lira, invocando a memória de um outro Nero, cantar-se-iam os idiomas de Ball e Tzara. E isto, estaria criado o primeiro acto de uma poética violação às convenções internacionais marítimas pró-ambientais deste cínico ocidente. Para além do mais considero que ao Atlântico se reserve um regresso aos míticos naufrágios.



Longa vida às trincheiras da arte.



Anónimo

Wednesday, February 13, 2008

Aqui jaz Anónimo
um homem que dormiu demais
Não merecia isto.

Sunday, February 3, 2008

hi5 ou "Viva a monarquia!"


Numérica

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, quatorze, quinze, dezaseis, dezasete, dezoito, dezanove, vinte, vinte e um, vinte e dois, vinte e três, vinte e quatro, vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove, trinta, trinta e um, trinta e dois, trinta e três, trinta e quatro, trinta e cinco, trinta e seis, trinta e sete, trinta e oito, trinta e nove, quarenta, quarenta e um, quarenta e dois, quarenta e três, quarenta e quatro, quarenta e cinco, quarenta e seis, quarenta e sete, quarenta e oito, quarenta e nove, cinquenta, cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e três, cinquenta e quatro, cinquenta e cinco, cinquenta e seis, cinquenta e sete, cinquenta e oito, cinquenta e nove, secenta, secenta e um, secenta e dois, secenta e três, secenta e quatro, secenta e cinco, secenta e seis, secenta e sete, secenta e oito, secenta e nove, setenta, setenta e um, setenta e dois, setenta e três, setenta e quatro, setenta e cinco, setenta e seis, setenta e sete, setenta e oito, setenta e nove, oitenta, oitenta e um, oitenta e dois, oitenta e três, oitenta e quatro, oitenta e cinco, oitenta e seis, oitenta e sete, oitenta e oito, oitenta e nove, noventa, noventa e um, noventa e dois, noventa e três, noventa e quatro, noventa e cinco, noventa e seis, noventa e sete, noventa e oito, noventa e nove.

Terapêutica

Uma garrafa de absinto para combater as ideias vagas.

Três dias de convalescência para substanciar a acção.

Contadas as maçãs e depreciada a criação,

outra garrafa de absinto para encarar o fracasso.


Anónimo